TREINAMENTO DE FORÇA E LEVANTAMENTO TERRA.

O treinamento de força é caracterizado por um treinamento de resistência, administradas pelo controle metodológico e por conceitos, muitas vezes usados primeiramente para buscar um corpo, ou seja, um físico ideal, a força, o bem estar e a simetria.

“O treinamento de força pode ser considerado como uma das formas mais eficazes para melhorar o rendimento atlético competitivo em vários níveis de solicitação do aparelho locomotor” (DA SILVA e GONÇALVES, 2000, pág. 71). Nessa mesma linha, Fleck e Kraemer, (2006, p. 20) afirmam: O treinamento de força pode melhorar o desempenho motor (ex: a capacidade de tiro de corrida, de arremesso de um objeto ou de subir escadas), que pode, por sua vez, levar ao melhor desempenho em diversos jogos, esportes e atividades da vida diária. Segundo Niko laevishiet et al. (2008, p. 37) as manifestações da força muscular depende de alguns aspectos:

Da intensidade de ativação dos feixes de motoneurônios da medula espinhal de determinado músculo, quantidade de unidades motoras ativadas e fibras musculares, quantidade de miofibrilas em cada fibra muscular, velocidade de contração de miofibrila que depende da ativação de ATPas e da miosina e da grandeza da resistência externa, leis mecânicas das contrações musculares (força – comprimento muscular – velocidade de contração). E estado inicial de aparelho motor (as fibras musculares fadigadas demonstram menos força. Badillo e Ayestarán (2001, p.70) posicionam-se sobre a capacidade de produzir força:

Sabe-se que o efeito mais notável e conhecido do treinamento de força, além do aumento da força em si, é o aumento do tamanho do músculo (hipertrofia). No entanto, a capacidade para produzir força não depende somente do tamanho dos músculos, mas também da capacidade do sistema nervoso para ativar esses músculos.

Alguns benefícios são alcançados através do treinamento de força. Como o aumento de massa muscular onde estimula a produção de novas proteínas sendo elas a actina e miosina fornecendo fibras musculares maiores.

Pesquisas mostram que um programa básico de treinamento de força de apenas vinte e cinco minutos, executados três vezes na semana pode aumentar a massa muscular, em aproximadamente 1,36kg num período de oito semanas” (Bean, 1999, p. 5).

Portanto quanto mais fibras musculares forem recrutadas durante o exercício e quanto maior o tamanho dessas fibras musculares maior será a produção de força.

Um treinamento de força bem elaborado faz com que todos os grupos musculares se exercitem levando assim um desenvolvimento equilibrado. Além do aumento de massa o treinamento de força também fortalece tendões e ligamentos uma vez que quando se realiza o treinamento aumenta a estabilidade das articulações, onde a tensão gerada é passada aos ligamentos e tendões aumentando a produção do colágeno, proteínas, havendo assim um aumento em força estrutural.

Se a rotina do treinamento é planejada e executada corretamente o resultado dos exercícios sistemáticos é o desenvolvimento da capacidade física do atleta, particularmente da força tão logo o corpo se adapte a sobrecarga física. Porém, para induzir mudanças positivas no estado de um atleta, é necessário aplicar um exercício com sobrecarga. A adaptação do treinamento tem lugar somente se a magnitude da sobrecarga de treinamento é maior do que o nível habitual (ZATSIORSKY,1999, p. 22).

Com isso há uma grande contribuição do treinamento de força, já que estudos mostram que no decorrer da idade o adulto perde de 2,26 a 3,14 kg de músculo a cada década. O treinamento contribui evitando a perda de massa muscular, além de aumentar a densidade óssea, aumento da taxa metabólica, reduz a gordura corporal, melhora o metabolismo da glicose, reduz a pressão sanguínea, reduz o colesterol e outras gorduras no corpo, melhora na aparência entre outros inúmeros benefícios (BEAN, 1999).

Dentre os fatores relacionados ao treinamento, a escolha do exercício representa um dos aspectos menos abordados na literatura. Ainda que seja determinante para o sucesso do treinamento, tendo em vista que a memorização do movimento aumenta a quantidade de força produzida, pouco se tem estudado a cerca de suas características biomecânicas. A ausência dessas informações torna-se fator limitante, à medida que impossibilita o entendimento a cerca dos músculos acionados e da sobrecarga mecânica gerada (BEZERRA, 2006).

Gentil (2005) fala da existência de 5 princípios. Princípio da Adaptação, da Individualidade, onde autores como Bompa e Cornacchia (2000) complementam com o princípio da Continuidade, da Especificidade e da Sobrecarga.

Levantamento Terra

O levantamento terra é um dos melhores exercícios de força corporal geral e tem sido utilizado para treinamentos do desenvolvimento da força de atletas há vários anos. O ato de levantar o peso está incluído muitas vezes nos movimentos que são realizados durante todo o dia. Mesmo que a sua massa seja pequena, realiza-se este levantamento manual de carga muitas vezes automaticamente, sem que se tenha consciência dos mecanismos de exigência sobre o organismo necessários para que esta carga possa ser elevada ou sustentada (GONÇALVES, 1998, p. 85).

Segundo a Revista brasileira de ciências e esportes:

No exercício de levantamento terra ocorre a impossibilidade de posicionamento da carga entre os pés, o que causa um grande momento extensor da musculatura paravertebral sobre as articulações da coluna lombar para vencer o momento flexor causada pela carga externa e peso da parte superior do tronco (autores associados, 2008. p. 38).

Para que se execute o exercício de levantamento terra corretamente existe algumas técnicas para o domínio básico do movimento, evitando sobrecarregar os tendões , ligamentos, músculos, articulações e ossos, além de evitar lesões o uso da técnica produz resultados mais rápidos e eficientes, sendo que á uma demanda maior dos músculos exigidos e estimulados.

Para isso Groves e Baechle (2000) adotaram alguns procedimentos, como segurar a barra e a posição de preparação do levantamento. Ao segurar a barra deve se considerar a distância das mãos, onde pegar e os tipos de pegada.

Michele Paola.
Profissional de Educação Fisica – Cref: 124059-G/SP

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